Português do Brasil em traduções técnicas
Fala-se sobre o “Português do Brasil” e sua importância em traduções técnicas, onde um conceito-chave é a empatia com o leitor.
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Língua Portuguesa Brasil
Gostaríamos de inaugurar esta área mencionando o interessante artigo que a jornalista Helen Joyce escreveu para a The Economist. Ela afirma que é um bom investimento aprender “Brazilian Portuguese”. Concordamos com ela e a seguir escrevemos brevemente o “português do Brasil” e sobre porque essa definição é importante para uma das nossas principais áreas de atuação, a tradução técnica corretamente localizada.
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O termo, como é óbvio, foi criado para demarcar a diferença do português falado e escrito no Brasil daquele falado e escrito em outros lugares, Portugal principalmente. Muitos objetam que tal diferenciação é dispensável, pois, no limite, as variações ocorrem também entre as diversas regiões do Brasil. Outros comentam favoravelmente o uso do termo “português do Brasil”, por sentirem que reflete o momento de reconhecimento mundial do país, agora a sexta maior economia do globo.
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Em nossa opinião, as duas perspectivas estão corretas e se justificam: a primeira, porque os dois idiomas são mesmo português; a segunda, porque os dois idiomas não são, porém, o mesmo português. Embora aparentemente opostas, ambas são reações à mesma noção de variante linguística.
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Em comunicação e tradução técnica, a ideia de um português que é do Brasil, assim como um espanhol da Argentina, outro do Chile, outro do México… é, hoje, fundamental! Embora alguns materiais possam visar a públicos mais gerais, uma boa parte, senão a maioria, tem públicos nacionais bem definidos. É um caso de regionalização, ou, como se diz em tradução técnica, “localização”.
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Existe uma máxima de que uma boa tradução é aquela que não é percebida, ou seja, sua sintaxe e gramática são perfeitas a ponto de não se perceber a existência de um original estrangeiro. Porém, para nós, brasileiros, o que acontece quando nos deparamos com as sentenças abaixo?
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As sentenças acima estão em português, porém as sentimos como “estrangeiras”, pois estão em português lusitano, ou “europeu”. Isso é um ruído na comunicação e impede uma EMPATIA direta conosco, brasileiros. Então percebemos a importância de utilizar a mesma variante do público-alvo, para que ele se identifique e ocorra empatia entre as partes. Seguramente, não haverá “ruído” se lermos:
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Comunicar-se na mesma variante do público-alvo cativa corações e mentes em qualquer área, seja ela técnica ou não. E é fundamental em marketing, pois sem essa identificação empática fica difícil gerar a simpatia capaz de “ganhar” o consumidor. Sem isso, é muito provável que os leitores da The Economist que reagiram pela noção de identidade local, como vimos acima, sintam até mesmo antipatia ? o que ninguém deseja atrair, em especial quando se tratam de negócios. Não é mesmo?
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Fala-se sobre o “Português do Brasil” e a sua importância em traduções técnicas, onde um conceito-chave é a empatia com o leitor.
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